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sábado, 7 de janeiro de 2012

A “guerra santa” em Israel (por Marcos Guterman)

Estadão (03/01/2012): A “guerra santa” em Israel (por Marcos Guterman): No último sábado, judeus ultra-ortodoxos fantasiaram-se de prisioneiros de campos de concentração nazistas, em Jerusalém, para protestar contra o que veem como incitação ao ódio contra eles em Israel, motivado pela sua exigência de observância estrita das normas religiosas no país. O choque causado pela imagem talvez encubra o fato de que essa tensão está na própria raiz da Israel estabelecida em 1948. Essa Israel tenta se apresentar como algo diferente da “terra santa” – e, no entanto, encontra-se desde sua fundação embebida em interdições religiosas. Ben Gurion, para garantir o aspecto judaico do novo Estado, essencial para justificá-lo, acertou com os ortodoxos, inclusive com os antissionistas militantes, uma espécie de “concordata” para a fundação de Israel liderada pelo sionismo – e não pelo Messias, como queriam os ultra-religiosos. Esse acordo viabilizou a arriscada aventura de juntar, num mesmo país, judeus de vários extratos ideológicos, o que, em se tratando de judeus, é receita certa para confusão. Mas mostra também como o nacionalismo sionista – embora laico e com a pretensão de criar um “novo judeu”, um “judeu musculoso”, como contraponto ao judeu vulnerável dos milênios de perseguição que redundaram na Shoah (Holocausto) – nutriu-se da matriz religiosa e deu força decisiva aos ortodoxos para interferir na política do país, principalmente a partir do final dos anos 70. >>> Leia mais, clique aqui.

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